quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Uma pequena fração do Infinito

Houve uma explosão, e de repente eu estava no centro de mim mesma, pude enxergar-me da mais bela maneira, onde todas as minhas energias eram cores que dançavam atrás dos  meus olhos, como a eletricidade dinâmica dos raios. Então eu despertei e descobri que relativamente, a partir de minha perspectiva, me encontrei no centro, mas de algo bem maior, e já não existia eu ou você individualmente, éramos nós. O universo como um só organismo. E cada um que fecha os olhos não enxerga a si, ou o seu centro, mas o todo.  Larissa Veiga
E quão imensa deve se mostrar uma prova da afeição verdadeira? Seria atravessar o estreito entre a Ásia e a Europa a nado todas as noites, guiado por uma luz irradiada de uma pequena tocha no alto de uma torre? Essa história já nos foi contada pelos gregos e nós sabemos que é impossível. Mas o que se faz impossível para a força do amor?

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Se bom fosse, doce seria.

Nunca precisei de provas concretas para saber que amor, não é coisa que se abala fácil. Não finda como o gole da última gota, não se apaga com uma simples brisa, mas se alimenta dela, como as chamas.
Larissa Veiga Hail

sábado, 26 de outubro de 2013

Marionetes

Não existe nenhuma verdade absoluta, a verdade é o que você acredita. Desprender-se das linhas invisíveis que nos amarram a um mundo trivial e acrômico, romper com padrões impostos pela sociedade em que vivemos, já são largos passos, visto que a maioria ainda se prende a uma ideologia em que os senhores "Posse" e "Poder" são Reis disfarçados que gostam de brincar com marionetes.

Larissa V. Hail 

domingo, 6 de outubro de 2013

Graus do amor

De volta a mitologia, Eros e Psique simbolizavam o amor oposto, o amor dos opostos. 
Eros simboliza a paixão, o amor físico; e psique, trás o significado do amor espiritual. Todavia, há quem diga que somente amores de graus "semelhantes" têm a possibilidade de dar certo, mas afinal, qual seria a afirmativa verdadeira? Existe uma verdade que caiba a todos nós? Nem eu mesma, tempos atrás, poderia imaginar que o amor tivesse tantas variações. Mas é justo, visto que nós seres humanos somos dotados de personalidades diversas. O importante é amar, seja qual for o seu ''tipo'' de amor, seja ele ludus, eros, psique, storge, filia ou káris. Ame. 
Larissa V.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O reino de Frank

Saia de sua torre e se mostre, Frank. Ainda que o sol queime em brasa no imensurável céu, dê as caras ao teu reino e ponha a coroa brilhante. Mostre-se rei do teu próprio universo. 
Ainda que as luzes apaguem-se em seu castelo, haverá a lua brotando do extenso tapete de areia gélida, a dar passos vagarosos pelo breu, rumo à meia volta, até que adormeça novamente. Ainda que esteja trancafiado, refém da insanidade, o mundo segue em ritmo acelerado.
- Quem dera fosse rei do infinito e pudesse mover-me dentre as estrelas de “pó de nada”, somente com o poder da mente. Quando abro os olhos, diante da imensidão que avisto, percebo que não sou rei nem de meu próprio nariz. E o reino, e a voz que me gritam, são frutos da minha loucura, frutos de minha insaciável vontade de ser cada partícula que constitui as galáxias. 
Em um lugar chamado “minha mente”, dou vida aos anseios mais absurdos. 
Às vezes me parece ser a morte a chamar por meu nome, com uma suave voz, atraindo-me para cair em sua armadilha. Mas em todas as ocasiões. Percebo que estou alucinado.

Larissa Veiga H.

sábado, 3 de agosto de 2013

Overdose de amor



Vem cá meu nego, deixe-me afagar-te os cabelos, afanar-te doces beijos, afundar-me em teu abraço sincero. Venha cá dengo, sem medo, venha de mãos abanando e coração recheado. Quero ter uma overdose de amor.
Vamos nos permitir sermos ridículos de vez em quando, provar da parte mais capenga do amor, não pular nenhuma etapa, vamos amar com tudo o que há de direito. A ingenuidade, a malícia, a idiotice cotidiana, cenas de ciúme, cara feia, fungada no pescoço.
Vamos nos presentear com o amor açucarado, pra não deixar vontade. Largue tudo e venha.


Larissa Veiga H.

domingo, 28 de julho de 2013

Amar por amar

Só ama verdadeiramente quem tem a capacidade de se despir de expectativas, quem não idealiza pessoas perfeitas, quem não tem preconceitos quanto ao amor. Só ama verdadeiramente quem ama ''apesar de'', não ''por causa de'', e quem está disposto a topar o que vier por amor.

Temos que aprender a esvaziar a mente ao conhecer alguém, não montar uma imagem do que esperamos que ela seja. Devemos simplesmente estar abertos a qualquer tipo de pessoa, e não apenas satisfazer nossas ilusões.
Se queremos realmente amar, que possamos nos jogar de um penhasco com um paraquedas e de olhos bem abertos, dispostos a olhar e conhecer a beleza individual de cada um. Quem pula de olhos fechados idealizando uma paisagem, quase sempre se decepciona quando os abre.

Larissa Veiga Hail

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Perguntas sem respostas

Não sei até que ponto isso possa se tornar bom ou ruim, mas o ‘‘não acreditar’’ nos alivia da famosa pergunta. ‘’Por quê?’’
Por que, afinal? Não temos respostas e nem meias respostas para muitas coisas, somos somente forçados a acreditar que existe um motivo que irá se explicar, ou a nossa amiguinha desculpa esfarrapada de que ‘’Porque é assim que tem que ser’’.  Punimos-nos com dúvidas que não são esclarecidas, e na maioria das vezes, no fundo sabemos da resposta. Alguns preferem esquecer a dúvida, ou continuar insistindo nela até ver onde dá. Mas talvez percamos muito tempo afligindo a mente com perguntas irrespondíveis, problemas sem soluções. Soluções que não surgirão da noite para o dia. Enfim, estamos longe de desvendar alguns grandes mistérios da vida, mas um ou outro já me antecipo em supor uma resposta precipitada, talvez valha a pena errar, não é para isso que as pessoas dizem que estamos todos aqui? Confesso que passei a duvidar para ser bem sincera. Enquanto isso, não irei me ocupar em cogitar respostas para perguntas muito grandes e cheias de peso, prefiro pensar no que vou comer no café da manhã.  _ Larissa V. Hail

domingo, 10 de fevereiro de 2013

O Homem configurado

Uma vida sem algemas, uma mente sem cercas e pés imundos de andar. Viver e morrer são perigos constantes que não se deve e nem se pode evitar.  Larissa Veiga Hail

domingo, 14 de outubro de 2012

Naufrágio

Perder-me-ei no negro mar inconsciente que transborda através de teus olhos.
Afundar-me-ei com a canoa de madeira carcomida que me permite navegar nas tuas águas.
Resmungarei quando não vieres, jogarei para o alto os remos e me entregarei por completo ao naufrágio em tua memória.
Ainda que não o veja,
ainda que não respire teu ar,
ainda que o odeie,
o amor nos grita ao olhar de soslaio quando passamos. _Larissa veiga Hail

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Catarina Curiosa da Silva

Catarina se perguntava o tempo inteiro sobre tudo, queria respostas que tivessem fundamento para sua cabeça de criança, não a famosa frase, ''porque sim'' ou ''porque Deus quis assim''.
- Mamãe, por que no fim a Bela se casa com a Fera?
- Porque eles gostam um o outro, filha!
- Ora, mas por que? A Bela tinha o Gaston, por que não gostava dele?
- A gente não escolhe essas coisas, menina!
- Então por que ela não ficou com o Hércules? Ele é tão forte quanto Gaston!
- Porque o Hércules é de outra história, o filme da Bela e a Fera tinha que terminar com a Bela e a Fera! O Hércules não pode sair entrando no meio do Enredo!
- E se ela tivesse ficado com o Aladin então? Teria sido mais interessante! Ele tinha um tapete voador, a história seria outra!
- Mas o Aladin não é do mesmo lugar que a Bela, ele mora no deserto!
- Mas eles não moravam todos na Disney, Mãe?
- Não!
- Que mentirosos! Eu sempre acreditei que todos eram da Disney. Bem, eles podiam trocar e-mails então!
- Claro que não menina, naquela época não existia essas coisas!
- Calma, Mãe! Você fala como se eles fossem reais, são só desenhos né!
Após proferir a frase indignada, a menina virou-se e seguiu andando até a cozinha, enquanto sua mãe olhava parada no corredor:
- Eu heim... Essas crianças de hoje em dia! Tudo culpa dessa internet!

Larissa V. Hail